segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Te esperando

Há dias em que você se pega falando sozinha, dias em que você realmente se sente só. São em dias como estes, que você lastima em busca de outro dia.


Em tua procura descubro palavras, com meu corpo já em demasia. Procuro buscar a serventia de um olhar pra Lua e uma grafite sobreposta ao papel.

Uma mente se esvazia e um olhar encontra o chão – chão ao qual pisastes sem deixar rastros-.

Roer as unhas se torna apenas mais um passa tempo, balançar a perna pra tirar a tensão.

E por que não? Chorar faz bem. A transparência das lágrimas e a vulnerabilidade dos pensamentos me fazem lembrar de ti.

Aquele falso sentimento já não existe, a música que toca é a nossa música – você quem disse -

O que era preciso, agora se torna necessidade. O que era escrito agora é realidade.
A minha fantasia é a tua poesia, o que era segredo agora você sabe.
Pouco te conheço e tu conhece-me além do mais, te sinto pouco e te quero sempre mais.

Já sem rimas a noite se vai, o calar da madrugada chega e o frio invade o quarto. Nariz escorre, cabeça pesa, os olhos por se fechar estão, mas uma noticia tua estou a esperar.

Você se diz sem graça quando perto de mim, escorpianos te deixam assim mesmo.

O que bate dentro de ti, também acontece em mim, pode não ser igual pois é involuntário.
Me prove hoje o que te traz até mim, e me mostre algo que me leve até você, sem rir.

“Tudo o que vai volta”, não é essa a lei da gravidade ? Então não perca tempo me procurando em outros olhares, ainda estou te esperando. O dia já está por clarear, então não perca tempo e venha. O lago de turbulências está secando, pois ele te viu chegar.

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