segunda-feira, 18 de abril de 2011

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Se eu pudesse ter a resposta pra todas as minhas perguntas, talvez eu não estaria aqui, atrás da minha casa, que tudo é escuro, onde o único ponto de luz é a do vizinho, mas ainda assim a sombra de minhas mãos não me deixa ver o que escrevo.
Talvez se as coisas fossem menos complicadas, a música que eu ouço agora não faria sentido.
O pó velho da mesa me faz tossir e eu ainda continuo aqui, pensando em alguma forma de alguma coisa na minha vida fazer sentido. E será que há?
Então começa a chover e eu tenho que entrar.
Agora me encontro no aposento do meu quarto, com duas imagens fixas na minha cabeça.
As duas reais e uma tão sincera quanto a outra.
Será que essa boneca ao meu lado poderia me ajudar em algo? – Difícil, estou a mais de quinze minutos olhando pra ela e nada.
As duas fotos estão no meu celular. São pessoas diferentes mas com personalidades únicas.
Um anjo e um herói, os dois personagens perfeitos pra mim, e ambos tão distantes.
Uma lágrima de incerteza corre pelo meu rosto borrando a maquiagem.
Também sinto um desconforto em meu peito, uma pressão, uma falta de ar, mas nada que me distraia a tensão.
As palavras de março me confortam, mas as de Julho são tudo pra mim.
Eu só queria ao menos uma vez na vida saber o que fazer, uma vez apenas ter uma resposta pra mim.
Eu tenho um conto de fadas sendo invadido por um filme de ação. Duas coisas que eu amo, mas que não funcionariam juntas.
A raiva maior que eu tenho, é que eu podia ter evitado, porém fui mais uma vez levada pela emoção.
O que eu vou fazer? – Boa pergunta. Eu também não sei. Só espero no final de tudo, não me arrepender.

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